Quando Saturno alinha-se com Mercúrio, é sinal de que grandes mudanças estão por vir, e em todos os âmbitos, sejam elas no amor, na escola ou trabalho, na família e na saúde.
Você vai passar por grandes provações, terá de mostrar o quão forte você é para enfrentar situações difíceis.
Cuide mais de seu visual. Nesse período, ocorrerão grandes mudanças em você, a mais gritante de todas elas será em seus cabelos, mas não se preocupe, você pode continuar sendo atraente mesmo se algo extraordinário acontecer a eles.
Você terá o apoio de seus familiares e amigos em quaisquer decisão que tome, eles estarão sempre prontos a te ajudar e a visitá-lo quando precisar. Não tenha medo do que pode acontecer, você vai ter sempre alguém de seu lado.
Você precisará tirar umas férias do seu trabalho ou de sua escola e repousar. Descanço será essencial nessa nova etapa de sua vida.
Você pode ter dificuldades amorosas no começo, mas nunca é tarde para se apaixonar.
Sua saúde não será boa, e você precisará tomar cuidado. Apenas siga o que os médicos disserem e saiba que eles farão o máximo para ajudá-lo.
O mais essencial nesse momento, é estar com as pessoas amadas e fazer de tudo, dentro dos seus limites, para se distrair e tentar deixar os problemas de lado. O que vai acontecer depois, nem mesmo os astros sabem...
Cor do dia: Branco.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Lição
Seu nome? Não importava. Aliás, nunca importa, nomes são apenas nomes. Misterioso, poucos sabiam de sua vida, tinham uma impressão superficial dele, o que achavam ser o bastante. Afinal, porque querer saber a fundo sobre o nosso personagem, se era suficiente saber que ele era legal? Nunca em época alguma, alguém o viu triste, tinha sempre um sorriso no rosto.
Até o dia em que uma menina olhou para ele e viu que debaixo daquele sorriso havia uma ponta de tristeza. E ela era especialista quando se tratava de tristeza e rebeldia, nada estava bom. Fazia de tudo para ser diferente de tudo e de todos, para ser revoltada sem motivos aparentes, para brigar com as pessoas dizendo que estava cheia de problemas na cabeça. E quando questionada em relação a esses problemas, ela simplesmente não sabia dizer quais eram.
Foi então que decidiu perguntar para ele porque sempre sorria, já que ela percebera que o sorriso nem sempre significa alegria. Em resposta ele disse que sorria para esconder a tristeza. Ela indignada, diz que ele não pode esconder suas tristezas, que ela sabia muito bem o que era sentir-se mal a todo instante, e que ele precisava extravazar seus sentimentos.
Quando ele contou que a pessoa que ele amava morreu e que seus pais o expulsaram de casa por se tornar aidético, a menina se espantou ainda mais. "Pois então, como você consegue sorrir depois de tudo isso?"
"Porque eu sei que um dia o sol sempre volta a brilhar no céu..."
Até o dia em que uma menina olhou para ele e viu que debaixo daquele sorriso havia uma ponta de tristeza. E ela era especialista quando se tratava de tristeza e rebeldia, nada estava bom. Fazia de tudo para ser diferente de tudo e de todos, para ser revoltada sem motivos aparentes, para brigar com as pessoas dizendo que estava cheia de problemas na cabeça. E quando questionada em relação a esses problemas, ela simplesmente não sabia dizer quais eram.
Foi então que decidiu perguntar para ele porque sempre sorria, já que ela percebera que o sorriso nem sempre significa alegria. Em resposta ele disse que sorria para esconder a tristeza. Ela indignada, diz que ele não pode esconder suas tristezas, que ela sabia muito bem o que era sentir-se mal a todo instante, e que ele precisava extravazar seus sentimentos.
Quando ele contou que a pessoa que ele amava morreu e que seus pais o expulsaram de casa por se tornar aidético, a menina se espantou ainda mais. "Pois então, como você consegue sorrir depois de tudo isso?"
"Porque eu sei que um dia o sol sempre volta a brilhar no céu..."
domingo, 10 de outubro de 2010
Bigamia
"Eu queria que tudo o que vivemos voltasse do passado e não se trancasse em meras lembraças, remotas recordações. Não consigo imaginar que você tenha me feito algum mal, que suas palavras teriam me ferido se as tivesse escutado. Amo pensar que um dia estivemos juntos, em plena sintonia. Você deveria saber que gostei de estar com você, 'curti' nossos momentos mais do que memoráveis. Mais de uma vez, porém, tentei lhe escrever para informar que..."
E, curiosamente, a primeira palara de cada frase estava grifada.
E atrás da carta, havia um pequeno complemento.
"...Porque amar apenas a uma pessoa, é meramente monótono."
E, curiosamente, a primeira palara de cada frase estava grifada.
E atrás da carta, havia um pequeno complemento.
"...Porque amar apenas a uma pessoa, é meramente monótono."
domingo, 19 de setembro de 2010
Uma rosa e um bilhete
Bêbado na festa, ele era um jovem que gostava de sair com os amigos, fazia naquela noite um tipo de "bota fora". Dançando ao som de música eletrônica e bebendo cada vez mais, ele começa a se sentir mal. Toda aquela bebida começa a se revirar em seu estômago, e ele não enxerga mais nada. Estava quase acontecendo, ele iria vomitar.
E foi o que aconteceu, no meio da festa. Mas essa nem foi a questão, acabou que ele atingiu a blusa de uma mulher que não conhecia. Ela xingou alguns palavrões, ficou um pouco revoltada, coisas que ele não conseguia entender muito bem. Saiu e foi ao banheiro se limpar. Ele, percebendo isso, por mais que estivesse um pouco tonto, foi atrás dela para saber se estava tudo bem. Chegando ao banheiro, ele fica um pouco mais lúcido, e pergunta se ela está bem. Após reclamar por ele entrar no banheiro feminino, ela responde que sim, e sai depois de limpar sua blusa. Quando ia sair, ele a pega pelo braço e pede sinceras desculpas pelo ocorrido. Ela o olha e diz que não tem problema. Enquanto se olhavam, ele a convida para dançar, ela refletindo um pouco, resolve aceitar.
Na pista de dança, tudo acontece muito rápido. Eles se beijam e resolvem sair de lá. Quando dão por si, já estão na casa da moça.
No dia seguinte ela acorda com uma rosa e um bilhete, onde dizia: "Estou indo de viagem para os Estados Unidos. Espero um dia poder te encontrar novamente."
Ela começa a chorar e se desesperar, pois percebe que o ama. Sim, era um pouco cedo para dizer isso, mas alguma coisa dizia que era ele que ela queria para sua vida. O que faria agora?
Passado alguns anos, ela se muda para São Paulo por motivos de trabalho. Chegou a viver alguns romances, mas nunca esqueceu o homem da balada. Mal sabia qual era seu nome. Carregava seu bilhete por todos os cantos, na esperança de um dia vê-lo novamente.
Eis que em uma festa, ela vê um homem estranhamente familiar, passando mal. Não podia ser ele, ele deveria estar no exterior, e seria coincidência demais se encontrarem em alguma festa enquanto o mesmo vomitava. Mas ela teve certeza que era ele quando ele a olhou, descobriria seu nome finalmente, poderia passar toda sua vida ao lado dele. Quando foi ao seu encontro, ele começou a passar cada vez mais mal, começou a ter convulções e ela horrorizada, o viu morrendo devagar diante de seus olhos...
Ao abri-los e olhar para o lado, vê o mesmo bilhete e rosa de seu sonho, se arruma, e vai ao encontro daquele que iria ser seu para toda a vida. Seu nome? Não importava mais...
E foi o que aconteceu, no meio da festa. Mas essa nem foi a questão, acabou que ele atingiu a blusa de uma mulher que não conhecia. Ela xingou alguns palavrões, ficou um pouco revoltada, coisas que ele não conseguia entender muito bem. Saiu e foi ao banheiro se limpar. Ele, percebendo isso, por mais que estivesse um pouco tonto, foi atrás dela para saber se estava tudo bem. Chegando ao banheiro, ele fica um pouco mais lúcido, e pergunta se ela está bem. Após reclamar por ele entrar no banheiro feminino, ela responde que sim, e sai depois de limpar sua blusa. Quando ia sair, ele a pega pelo braço e pede sinceras desculpas pelo ocorrido. Ela o olha e diz que não tem problema. Enquanto se olhavam, ele a convida para dançar, ela refletindo um pouco, resolve aceitar.
Na pista de dança, tudo acontece muito rápido. Eles se beijam e resolvem sair de lá. Quando dão por si, já estão na casa da moça.
No dia seguinte ela acorda com uma rosa e um bilhete, onde dizia: "Estou indo de viagem para os Estados Unidos. Espero um dia poder te encontrar novamente."
Ela começa a chorar e se desesperar, pois percebe que o ama. Sim, era um pouco cedo para dizer isso, mas alguma coisa dizia que era ele que ela queria para sua vida. O que faria agora?
Passado alguns anos, ela se muda para São Paulo por motivos de trabalho. Chegou a viver alguns romances, mas nunca esqueceu o homem da balada. Mal sabia qual era seu nome. Carregava seu bilhete por todos os cantos, na esperança de um dia vê-lo novamente.
Eis que em uma festa, ela vê um homem estranhamente familiar, passando mal. Não podia ser ele, ele deveria estar no exterior, e seria coincidência demais se encontrarem em alguma festa enquanto o mesmo vomitava. Mas ela teve certeza que era ele quando ele a olhou, descobriria seu nome finalmente, poderia passar toda sua vida ao lado dele. Quando foi ao seu encontro, ele começou a passar cada vez mais mal, começou a ter convulções e ela horrorizada, o viu morrendo devagar diante de seus olhos...
Ao abri-los e olhar para o lado, vê o mesmo bilhete e rosa de seu sonho, se arruma, e vai ao encontro daquele que iria ser seu para toda a vida. Seu nome? Não importava mais...
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Fora do padrão
- Oh Gabriela, como eu te amo!
- Eu também te amo, Troy!
- Gabriela, eu tenho que te confessar uma coisa.
- Diga, amor.
- É um grande segredo... Você tem que prometer que vai continuar me amando mesmo assim.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que não irá se assustar.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que...
- Eu prometo, amor! - Retrucou com impaciência
- Então, lá vai... - E ele se levanta e se dirige ao sol, onde sua pele branca começa a brilhar feito purpurina. - Eu sou um... Vampiro!
Ela fica escandalizada, e começa a gritar e a girar no mesmo lugar, como um cachorro tentando abocanhar seu próprio rabo.
- Amor, eu disse pra você não se assustar! - Diz segurando-a.
Ela se acalma e o olha por um instante, então diz:
- Como eu poderia me assustar com você?
- É, eu continuo sendo o mesmo e...
- Olha só pra você! Você brilha no sol, cara! Que tipo de vampiro brilha no sol? Faça me um favor, né... Até que iria ser divertido namorar um vampiro bombadão, sanguinário e sedento matador de criancinhas, não quero namorar um fracote pálido que brilha no sol e passa maquiagem! Onde esse mundo vai parar, meu Deus? Daqui a pouco um louco qualquer vai escrever romances de vampiros vegetarianos com humanos sem expressão facial. Eu vou embora.
E é assim que acabam os grandes relacionamentos. Se fosse em um filme, ela sairia cantando algo tipo "Tenho que seguir meu caminho...", enquanto ele faria uma sofrível segunda voz com algo do tipo "Por que você tem que ir...?"
- Eu também te amo, Troy!
- Gabriela, eu tenho que te confessar uma coisa.
- Diga, amor.
- É um grande segredo... Você tem que prometer que vai continuar me amando mesmo assim.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que não irá se assustar.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que...
- Eu prometo, amor! - Retrucou com impaciência
- Então, lá vai... - E ele se levanta e se dirige ao sol, onde sua pele branca começa a brilhar feito purpurina. - Eu sou um... Vampiro!
Ela fica escandalizada, e começa a gritar e a girar no mesmo lugar, como um cachorro tentando abocanhar seu próprio rabo.
- Amor, eu disse pra você não se assustar! - Diz segurando-a.
Ela se acalma e o olha por um instante, então diz:
- Como eu poderia me assustar com você?
- É, eu continuo sendo o mesmo e...
- Olha só pra você! Você brilha no sol, cara! Que tipo de vampiro brilha no sol? Faça me um favor, né... Até que iria ser divertido namorar um vampiro bombadão, sanguinário e sedento matador de criancinhas, não quero namorar um fracote pálido que brilha no sol e passa maquiagem! Onde esse mundo vai parar, meu Deus? Daqui a pouco um louco qualquer vai escrever romances de vampiros vegetarianos com humanos sem expressão facial. Eu vou embora.
E é assim que acabam os grandes relacionamentos. Se fosse em um filme, ela sairia cantando algo tipo "Tenho que seguir meu caminho...", enquanto ele faria uma sofrível segunda voz com algo do tipo "Por que você tem que ir...?"
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Personificação
Há em uma reserva ecológica, uma estranha variedade de animais, e uma curiosa convivência entre eles. Cada um tem uma própria "personalidade", por assim dizer. Tem uma misteriosa garça que não se sabe quando ela está mesmo sendo grossa, ou de brincadeira com seus amigos. E o intrigante, é que é isso que a torna interessante, esse mistério. É um animal bem simples para quem a conhece de verdade, bem divertida afinal.
Tem um boi no meio disso tudo, que era muito tímido e um pouco autista. com o tempo e convivência foi se soltando e se mostrando o animal engraçado e de bom coração que é.
Há uma destemida leoa. Preguiçosa que só ela, gosta muito de comer e dormir. Além disso, é engraçada e tem opinião bem forte. Difícil de guardar mágoas.
Um cachorro que costuma falar com todos na reserva. É bem ciumento, mas um bom amigo.
Se for falar em grosseria, me vem logo a galinha d'angola na cabeça. Ignorante que só ela. Mas até que esse humor melhorou bastante de uns tempos pra cá. Ah, não posso esquecer de dizer que ela adora quiabo.
Tem até gêmeas siamesas. Elas fazem tudo igual, estão sempre juntas e têm o mesmo jeitinho meigo e carinhoso de ser.
Tem uma arara bem espalhafatosa. Conversa com todo mundo, e é extremamente extrovertida. Faz sons altos e irritantes as vezes, mas é o melhor animal da reserva, a mais leal, fiél e esforçada de todos.
E o bisão? Era bem quietinho também, mas agora começou a se soltar. Está até respondendo aos animais mais velhos!
Tem um rinoceronte bem enfezado. Contestador, pra ele nada nunca está bom. Tem que ser sempre do contra em alguma coisa, mas tem um bom coração esse grandão. Formador de opinião e inteligente também.
E por falar em inteligência ou esforço, podemos citar o castor. Ele é prático e organizado, porém ignorante.
Por fim, temos a onça. As vezes tá com a cara emburrada e é bem sarcástica, mas é "gente" fina. De todos, é a que veio de mais longe.
Enfim, são com os animais que vemos a diversidade de... uma sala de aula, por exemplo. Não tenho nenhuma história sobre eles pra poder contar aqui... Ou melhor, até tenho. Tenho várias para falar a verdade, tantas que encheria o blog e daí, ninguém mais iria querer lê-lo.
Tem um boi no meio disso tudo, que era muito tímido e um pouco autista. com o tempo e convivência foi se soltando e se mostrando o animal engraçado e de bom coração que é.
Há uma destemida leoa. Preguiçosa que só ela, gosta muito de comer e dormir. Além disso, é engraçada e tem opinião bem forte. Difícil de guardar mágoas.
Um cachorro que costuma falar com todos na reserva. É bem ciumento, mas um bom amigo.
Se for falar em grosseria, me vem logo a galinha d'angola na cabeça. Ignorante que só ela. Mas até que esse humor melhorou bastante de uns tempos pra cá. Ah, não posso esquecer de dizer que ela adora quiabo.
Tem até gêmeas siamesas. Elas fazem tudo igual, estão sempre juntas e têm o mesmo jeitinho meigo e carinhoso de ser.
Tem uma arara bem espalhafatosa. Conversa com todo mundo, e é extremamente extrovertida. Faz sons altos e irritantes as vezes, mas é o melhor animal da reserva, a mais leal, fiél e esforçada de todos.
E o bisão? Era bem quietinho também, mas agora começou a se soltar. Está até respondendo aos animais mais velhos!
Tem um rinoceronte bem enfezado. Contestador, pra ele nada nunca está bom. Tem que ser sempre do contra em alguma coisa, mas tem um bom coração esse grandão. Formador de opinião e inteligente também.
E por falar em inteligência ou esforço, podemos citar o castor. Ele é prático e organizado, porém ignorante.
Por fim, temos a onça. As vezes tá com a cara emburrada e é bem sarcástica, mas é "gente" fina. De todos, é a que veio de mais longe.
Enfim, são com os animais que vemos a diversidade de... uma sala de aula, por exemplo. Não tenho nenhuma história sobre eles pra poder contar aqui... Ou melhor, até tenho. Tenho várias para falar a verdade, tantas que encheria o blog e daí, ninguém mais iria querer lê-lo.
domingo, 5 de setembro de 2010
Teoricamente amor, não necessariamente prazer
Um casal de escritores tinha o projeto de um livro que provava que o amor poderia viver sem o sexo. E nada melhor do que experimentar para poder comprovar sua tese. Então, resolveram ficar seis meses sem sexo.
Os três primeiros meses foi fácil, eles levavam uma vida normal, tinham seus trabalhos além do de ser escritores, cuidavam da casa e de si mesmos.
Depois dos três meses, a situação começou a ficar difícil para ambos. Eles se evitavam na casa, e evitavam se tocar durante a noite. Passaram a dormir em quartos separados, soavam frio. Mas se amavam.
No quinto mês estava tudo insuportável. Eles mal se falavam, não pensavam em outra coisa a não ser em sexo, queriam que esses seis meses mais longos de suas vidas passassem rápido...
Faltando duas semanas para acabar o prazo, o homem teve que viajar a negócio. Arrumou suas malas e foi para outra cidade, iria ficar por lá alguns dias.
Voltando para o hotel que estava hospedado, de carro, ele olha mais a frente e se depara com uma prostituta. "Eu não vou fazer isso!", pensa consigo, "Faltam menos de duas semanas!" e o carro se aproxima cada vez mais da mulher, e ele instintivamente vai desacelerando o carro, até que... "Quanto é a hora?"
Arrasado pelo que fez, volta para casa mais cedo sem avisar à mulher. Quando abre a porta de casa e entra em seu quarto, dá de cara com ela na cama com outro homem!
Porém, eles não se separaram ou brigaram, ou algo do gênero. Não por ser um casal liberal, mas pelos dois terem errado. Resolvem então, escrever o livro: "Da teoria à não-prática."
Ao menos provaram para si mesmos que, o amor vive incondicionalmente independente das circustâncias... O que, convenhamos, é bem mais fácil na teoria.
Os três primeiros meses foi fácil, eles levavam uma vida normal, tinham seus trabalhos além do de ser escritores, cuidavam da casa e de si mesmos.
Depois dos três meses, a situação começou a ficar difícil para ambos. Eles se evitavam na casa, e evitavam se tocar durante a noite. Passaram a dormir em quartos separados, soavam frio. Mas se amavam.
No quinto mês estava tudo insuportável. Eles mal se falavam, não pensavam em outra coisa a não ser em sexo, queriam que esses seis meses mais longos de suas vidas passassem rápido...
Faltando duas semanas para acabar o prazo, o homem teve que viajar a negócio. Arrumou suas malas e foi para outra cidade, iria ficar por lá alguns dias.
Voltando para o hotel que estava hospedado, de carro, ele olha mais a frente e se depara com uma prostituta. "Eu não vou fazer isso!", pensa consigo, "Faltam menos de duas semanas!" e o carro se aproxima cada vez mais da mulher, e ele instintivamente vai desacelerando o carro, até que... "Quanto é a hora?"
Arrasado pelo que fez, volta para casa mais cedo sem avisar à mulher. Quando abre a porta de casa e entra em seu quarto, dá de cara com ela na cama com outro homem!
Porém, eles não se separaram ou brigaram, ou algo do gênero. Não por ser um casal liberal, mas pelos dois terem errado. Resolvem então, escrever o livro: "Da teoria à não-prática."
Ao menos provaram para si mesmos que, o amor vive incondicionalmente independente das circustâncias... O que, convenhamos, é bem mais fácil na teoria.
domingo, 22 de agosto de 2010
Branco marfim
E com um último suspiro, ela o olha com incredulidade enquanto ele suando frio e respirando fundo, a sufoca com seu travesseiro branco marfim.
A menina acorda assustada com o barulho do despertador, era hora de ir para a escola. Se arruma rápido e segue seu caminho como de costume. A escola estava absolutamente normal, as pessoas estavam absolutamente normais, os professores absolutamente normais e o diretor absolutamente chato e rabugento, o que era normal também.
Mas, uma coisa fez com que ela se sentisse de uma maneira diferente. Fez com que ela respirasse mais fundo e que seu coração repentinamente acelerasse. "Classe, conheça nosso novo aluno".
Ela o achou lindo, estonteante. E ainda teve a impressão de que o conhecia de algum lugar, mas não lembrava de onde. Ele a olhou e sorriu, fazendo com que ela se derretesse e sorrisse de volta, de uma maneira bem boba.
Eles não conversaram de imediato, e quando o menino estava perto, ela era completamente idiota. Fazia as coisas mais tolas por nervosismo, como tropeçar quando ele a estava olhando, ou sorrir depois de comer sem saber que seus dentes estavam sujos, ou ainda gaguejar quando ele lhe perguntava que horas eram.
Até o dia em que ele resolveu conversar com ela, e a chamou para sair. A menina morreu de vergonha, mas aceitou. Depois desse dia, eles passaram a namorar.
Parecia tudo um sonho, um mar de rosas. Ela só se deu conta da realidade quando se viu dentro do quarto dele. Ele, com sede, desceu as escadas para beber algo. Então ela começou a estranhar o local, sabia que estivera lá, porém não sabia quando e como. E então ele lhe pareceu cada vez mais familiar. Olhou para o travesseiro branco marfim e se lembrou. Ele era o mesmo assassino de seu sonho. Ficou desesperada, pois sabia que iria morrer naquela noite. Precisava fazer alguma coisa para escapar, pois já ouvia seus passos subindo as escadas. E agora, o que fazer? Ele abriu a porta, e ela estava com metade do corpo para fora da janela. Ele a viu e a puxou para dentro do quarto novamente, fazendo com que ela batesse com o rosto na parede e seu dente caísse. Jogou-a na cama e pegou o travesseiro. E com um último suspiro, ela o olha com incredulidade enquanto ele suando frio e respirando fundo, a sufoca com seu travesseiro branco marfim.
"A Primeira Guerra Mundial foi causada pelo Imperialismo, que consistia em conquistar a Africa para..." Despertando de um sono profundo, ela arregala os olhos espantada, olhando para os lados. Não havia nenhum travesseiro, ou aluno novo, era apenas mais uma aula chata de história. Aliviada, volta a dormir com a cabeça na mesa.
Quando chega em casa, tem uma surpresa... Dizem que sonhar com o dente caindo não é boa coisa.
A menina acorda assustada com o barulho do despertador, era hora de ir para a escola. Se arruma rápido e segue seu caminho como de costume. A escola estava absolutamente normal, as pessoas estavam absolutamente normais, os professores absolutamente normais e o diretor absolutamente chato e rabugento, o que era normal também.
Mas, uma coisa fez com que ela se sentisse de uma maneira diferente. Fez com que ela respirasse mais fundo e que seu coração repentinamente acelerasse. "Classe, conheça nosso novo aluno".
Ela o achou lindo, estonteante. E ainda teve a impressão de que o conhecia de algum lugar, mas não lembrava de onde. Ele a olhou e sorriu, fazendo com que ela se derretesse e sorrisse de volta, de uma maneira bem boba.
Eles não conversaram de imediato, e quando o menino estava perto, ela era completamente idiota. Fazia as coisas mais tolas por nervosismo, como tropeçar quando ele a estava olhando, ou sorrir depois de comer sem saber que seus dentes estavam sujos, ou ainda gaguejar quando ele lhe perguntava que horas eram.
Até o dia em que ele resolveu conversar com ela, e a chamou para sair. A menina morreu de vergonha, mas aceitou. Depois desse dia, eles passaram a namorar.
Parecia tudo um sonho, um mar de rosas. Ela só se deu conta da realidade quando se viu dentro do quarto dele. Ele, com sede, desceu as escadas para beber algo. Então ela começou a estranhar o local, sabia que estivera lá, porém não sabia quando e como. E então ele lhe pareceu cada vez mais familiar. Olhou para o travesseiro branco marfim e se lembrou. Ele era o mesmo assassino de seu sonho. Ficou desesperada, pois sabia que iria morrer naquela noite. Precisava fazer alguma coisa para escapar, pois já ouvia seus passos subindo as escadas. E agora, o que fazer? Ele abriu a porta, e ela estava com metade do corpo para fora da janela. Ele a viu e a puxou para dentro do quarto novamente, fazendo com que ela batesse com o rosto na parede e seu dente caísse. Jogou-a na cama e pegou o travesseiro. E com um último suspiro, ela o olha com incredulidade enquanto ele suando frio e respirando fundo, a sufoca com seu travesseiro branco marfim.
"A Primeira Guerra Mundial foi causada pelo Imperialismo, que consistia em conquistar a Africa para..." Despertando de um sono profundo, ela arregala os olhos espantada, olhando para os lados. Não havia nenhum travesseiro, ou aluno novo, era apenas mais uma aula chata de história. Aliviada, volta a dormir com a cabeça na mesa.
Quando chega em casa, tem uma surpresa... Dizem que sonhar com o dente caindo não é boa coisa.
domingo, 15 de agosto de 2010
O olhar da inocência
Existia uma gangue que capturava crianças para exportar ilegalmente seus órgãos para a Europa. O esquema deles era, raptar uma criança por mês em locais diferentes, levá-las a um cativeiro e desumanamente retirar o que era pedido na "encomenda". Depois, enterravam a criança e saiam de lá. Quando o corpo era encontrado, eles já estavam longe, logo, ninguém nunca descobria os autores de tal crueldade. Eles eram meticulosos naquilo em que faziam, não deixavam rastros ou pistas e ganhavam um bom dinheiro executando esse tipo de crime.
Essa gangue era composta por quatro homens. Eles se revezavam ou formavam duplas e montavam planos para as capturas. Mas havia um que não gostava de estar presente no ato do crime.
Um dia, em um parque, esse homem e mais um espreitaram uma mulher com seu bebê no carrinho. O parque estava deserto. Esperaram ela dar um descuido, uma bobeira, e pegaram a criança rapidamente levando-a até o esconderijo. Era um menino que não passava de dois anos.
Chegando ao cativeiro, o chefe da gangue, por assim dizer, ordenou para o tal homem que nunca havia presenciado o crime, executar o mesmo. Eles saíram do local para dar mais privacidade ao bandido, e quando ele resolveu pegar a faca e o bisturi para começar a operação, a criança o olhou. Porém, não foi um olhar lacrimejante, nem um olhar medroso. Foi um olhar terno. Um olhar que cativaria até mesmo o pior dos monstros que se escondem debaixo da cama, um olhar que faria até mesmo o próprio diabo se esconder de vergonha. Como alguém poderia fazer um mal tão grande a um ser tão inocente?
Decidiu-se, então. Sacou sua arma, saiu do quarto de onde estava e atirou em seus companheiros. Um a um, eles foram caindo com expressões de choque. Sem mais palavras, escreveu algo em um pedaço de folha,correu para dentro do quarto, pegou a criança e saiu em disparada até a estrada. Deixou a criança lá, andou mais alguns passos e atirou em si próprio.
Alguns minutos depois encontraram o menino. No bilhete, dizia: "Leva-o com segurança ao juizado de menores para que sua mãe possa encontrá-lo. Depois do que eu quase fiz, tive certeza que esse mundo não era o meu lugar..."
Essa gangue era composta por quatro homens. Eles se revezavam ou formavam duplas e montavam planos para as capturas. Mas havia um que não gostava de estar presente no ato do crime.
Um dia, em um parque, esse homem e mais um espreitaram uma mulher com seu bebê no carrinho. O parque estava deserto. Esperaram ela dar um descuido, uma bobeira, e pegaram a criança rapidamente levando-a até o esconderijo. Era um menino que não passava de dois anos.
Chegando ao cativeiro, o chefe da gangue, por assim dizer, ordenou para o tal homem que nunca havia presenciado o crime, executar o mesmo. Eles saíram do local para dar mais privacidade ao bandido, e quando ele resolveu pegar a faca e o bisturi para começar a operação, a criança o olhou. Porém, não foi um olhar lacrimejante, nem um olhar medroso. Foi um olhar terno. Um olhar que cativaria até mesmo o pior dos monstros que se escondem debaixo da cama, um olhar que faria até mesmo o próprio diabo se esconder de vergonha. Como alguém poderia fazer um mal tão grande a um ser tão inocente?
Decidiu-se, então. Sacou sua arma, saiu do quarto de onde estava e atirou em seus companheiros. Um a um, eles foram caindo com expressões de choque. Sem mais palavras, escreveu algo em um pedaço de folha,correu para dentro do quarto, pegou a criança e saiu em disparada até a estrada. Deixou a criança lá, andou mais alguns passos e atirou em si próprio.
Alguns minutos depois encontraram o menino. No bilhete, dizia: "Leva-o com segurança ao juizado de menores para que sua mãe possa encontrá-lo. Depois do que eu quase fiz, tive certeza que esse mundo não era o meu lugar..."
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Ciclos
A mulher ia se casar com um homem bem sucedido. Estava tudo preparado para o casamento e o seu futuro marido a amava, como nunca se havia visto.
Ela tinha um bom sentimento por ele também, mas ela sabia que não era amor de verdade, talvez fosse um carinho especial.
Um dia, conhece um advogado, que a balançou. Mas não podia fazer nada, ela estava prestes a se casar... Então, ele a chama para sair. Ela sabia que não podia aceitar, mas seu coração foi mais forte, e ela saiu com o misterioso homem.
Se divertiram muito, saíram pra jantar e dançar e ela viu nele o que não via no seu futuro marido. Estava apaixonada!
E agora, o que ela deveria fazer? O dia de seu casamento chegou e ela não estava nem perto do feliz. Só pensava no seu advogado e em todas as coisas que fizeram juntos e poderiam continuar fazendo, era com ele que deveria ter filhos e formar uma família.
Entao, se decidiu. Deixou o noivo do altar e foi atrás do homem dos seus sonhos.
Seria um lindo final feliz e clichê, mas ela se enganou na escolha. O relacionamento deles ia de mau a pior, discutiam por tudo, ele bebia muito. Até que ela percebeu que, ele não a queria. Sua ficha caiu e então, viu-se apaixonada pelo seu quase futuro marido. Largou o advogado três semanas após o namoro e correu para os braços daquele que era o homem da sua vida, o real.
Chegou até sua casa e para sua surpresa, ele havia se mudado e estava morando na Suíça. Desnorteada e sem saber o que fazer, ela entra no bar e encontra um homem tomando um whisky com um terno e uma expressão triste. Essa expressão, fez que ela se apaixonasse na hora. E assim, continuou o ciclo...
Morreu solteira.
Ela tinha um bom sentimento por ele também, mas ela sabia que não era amor de verdade, talvez fosse um carinho especial.
Um dia, conhece um advogado, que a balançou. Mas não podia fazer nada, ela estava prestes a se casar... Então, ele a chama para sair. Ela sabia que não podia aceitar, mas seu coração foi mais forte, e ela saiu com o misterioso homem.
Se divertiram muito, saíram pra jantar e dançar e ela viu nele o que não via no seu futuro marido. Estava apaixonada!
E agora, o que ela deveria fazer? O dia de seu casamento chegou e ela não estava nem perto do feliz. Só pensava no seu advogado e em todas as coisas que fizeram juntos e poderiam continuar fazendo, era com ele que deveria ter filhos e formar uma família.
Entao, se decidiu. Deixou o noivo do altar e foi atrás do homem dos seus sonhos.
Seria um lindo final feliz e clichê, mas ela se enganou na escolha. O relacionamento deles ia de mau a pior, discutiam por tudo, ele bebia muito. Até que ela percebeu que, ele não a queria. Sua ficha caiu e então, viu-se apaixonada pelo seu quase futuro marido. Largou o advogado três semanas após o namoro e correu para os braços daquele que era o homem da sua vida, o real.
Chegou até sua casa e para sua surpresa, ele havia se mudado e estava morando na Suíça. Desnorteada e sem saber o que fazer, ela entra no bar e encontra um homem tomando um whisky com um terno e uma expressão triste. Essa expressão, fez que ela se apaixonasse na hora. E assim, continuou o ciclo...
Morreu solteira.
sábado, 24 de julho de 2010
Equino
O menino apanhava de seus pais bêbados e drogados todos os dias. Ele rezava para que seu pai não pudesse mais entrar em seu quarto e fazer tudo o que ele fazia de mau, mas seus pedidos não eram atendidos. Seu maior medo, era encontrar com um deles à noite, enquanto levantava para ir ao banheiro. Sua vida era um inferno, e já aprendera desde muito novo a dura realidade de vivê-la. Eram muito pobres, e ele mal tinha direito à educação.
Um certo dia, encontrou um refúgio. Um refúgio secreto e mágico em seu quarto, no espelho de seu quarto para ser mais exato. Lá, existia uma criatura mística e maravilhosa. No começo, o pequeno menino, com frio e fome, temeu o monstro. Mas depois descobriu que a criatura era o único amigo, aquele em que ele poderia confiar.
E eles se divertiam nesse mundo fantástico, onde não existia o medo e a dor, apenas a alegria. Era como em um desenho animado, a terra era coberta por chocolate, as casas quentes e aconchegantes, o céu estava sempre azul e límpido e podiam contar com chuvas de balas de vez em quando.
A aparência da criatura era formidável. Era como se fosse um enorme cavalo branco, alado, porém ela falava e tinha os olhos profundos e azuis.
Um dia, o menino disse para a criatura antes de voltar à sua triste realidade: "Pena que nada disso aqui é real, não é pra valer." Não disse com muita convicção, esperando que o cavalo alado respondesse alguma controvérsia para mudar sua vida miserável, mas nada foi dito. A criatura apenas abaixou a cabeça tristemente e o garoto rumou de volta ao seu quarto para mais um dia terrível.
No dia seguinte, as notícias dos telejornais locais mostravam a mesma reportagem: Um casal que fora encontrado morto no quarto do seu filho, um espelho quebrado e como única prova criminal, uma enorme pena branca que jazia sobre o corpo do homem.
Um certo dia, encontrou um refúgio. Um refúgio secreto e mágico em seu quarto, no espelho de seu quarto para ser mais exato. Lá, existia uma criatura mística e maravilhosa. No começo, o pequeno menino, com frio e fome, temeu o monstro. Mas depois descobriu que a criatura era o único amigo, aquele em que ele poderia confiar.
E eles se divertiam nesse mundo fantástico, onde não existia o medo e a dor, apenas a alegria. Era como em um desenho animado, a terra era coberta por chocolate, as casas quentes e aconchegantes, o céu estava sempre azul e límpido e podiam contar com chuvas de balas de vez em quando.
A aparência da criatura era formidável. Era como se fosse um enorme cavalo branco, alado, porém ela falava e tinha os olhos profundos e azuis.
Um dia, o menino disse para a criatura antes de voltar à sua triste realidade: "Pena que nada disso aqui é real, não é pra valer." Não disse com muita convicção, esperando que o cavalo alado respondesse alguma controvérsia para mudar sua vida miserável, mas nada foi dito. A criatura apenas abaixou a cabeça tristemente e o garoto rumou de volta ao seu quarto para mais um dia terrível.
No dia seguinte, as notícias dos telejornais locais mostravam a mesma reportagem: Um casal que fora encontrado morto no quarto do seu filho, um espelho quebrado e como única prova criminal, uma enorme pena branca que jazia sobre o corpo do homem.
Atitudes reversas
O garoto gostava de vandalizar tudo que via pela frente. Vandalizava desde telefones públicos à residências e locais particulares.
Ele e sua gangue destruiam tudo, pichavam muros e prédios e achavam que era tudo pura obra de arte.
Sem contar que o álcool e as drogas não podiam faltar em suas noitadas de destruição pela cidade, acabavam com tudo, até mesmo com flores e plantas.
Fugir da políca? Cotidiano e prático. Nunca eram pegos, achavam-se geniais. De manhã, eram garotos normais, mas a noite parecia que encarnavam o próprio demônio.
É claro que todos os temiam e isso era pra eles, o ápice de seus atos.
Uma certa noite de bebedeiras e tonturas, passando por uma rua completamente deserta enquanto furavam pneus de carros e tacavam ovos nos mesmos, esse garoto (o líder) começa a passar mal, muito mal. Ele pede socorro aos seus amigos, e como era de se esperar eles saem dizendo "você vai ficar bem" enquanto vão ao bar buscar mais bebida, e rumar para outro lugar pouco destruído por eles.
O garoto não aguentava mais passar mal, a dor era alucinante. Pegou seu celular para chamar socorro, porém estava sem bateria. Gritou por alguém, mas ninguém veio. Eis que vê um orelhão no final da rua. Estava salvo! Se arrastou com dificuldade até o telefone, levantando-se devagar e vacilando em firmar-se em pé, e quando deu por si... O telefone estava quebrado. Aquilo o chocou mais que tudo na vida, até porque... ele mesmo havia destruído-o.
Ele e sua gangue destruiam tudo, pichavam muros e prédios e achavam que era tudo pura obra de arte.
Sem contar que o álcool e as drogas não podiam faltar em suas noitadas de destruição pela cidade, acabavam com tudo, até mesmo com flores e plantas.
Fugir da políca? Cotidiano e prático. Nunca eram pegos, achavam-se geniais. De manhã, eram garotos normais, mas a noite parecia que encarnavam o próprio demônio.
É claro que todos os temiam e isso era pra eles, o ápice de seus atos.
Uma certa noite de bebedeiras e tonturas, passando por uma rua completamente deserta enquanto furavam pneus de carros e tacavam ovos nos mesmos, esse garoto (o líder) começa a passar mal, muito mal. Ele pede socorro aos seus amigos, e como era de se esperar eles saem dizendo "você vai ficar bem" enquanto vão ao bar buscar mais bebida, e rumar para outro lugar pouco destruído por eles.
O garoto não aguentava mais passar mal, a dor era alucinante. Pegou seu celular para chamar socorro, porém estava sem bateria. Gritou por alguém, mas ninguém veio. Eis que vê um orelhão no final da rua. Estava salvo! Se arrastou com dificuldade até o telefone, levantando-se devagar e vacilando em firmar-se em pé, e quando deu por si... O telefone estava quebrado. Aquilo o chocou mais que tudo na vida, até porque... ele mesmo havia destruído-o.
Saudosismo
Em um asilo aparentemente normal e bem tratado, havia uma senhora um tanto diferente dos outros.
Ela era lúcida, incrivelmente forte e sua saúde superava a de qualquer um que ali habitava, porém, ela era afastada de todos. Ninguém a afastava de seus "ciclos sociais", ela mesma que se oprimia e isolava de todos os seus companheiros.
Não que ela fosse emburrada ou que não se "misturasse", ao contrário, era simpática e bondosa em todas as raras vezes que falava algo com alguém.
Nas atividades em grupo, dava uma desculpa para não as fazer. Vivia em seu quarto, às vezes olhando para fora da janela como se desejasse virar um pássaro e voar, voar para sua plena liberdade.
Não dava trabalho às enfermeiras e responsáveis pelo asilo, pelo contrário, todos gostavam dela apesar de tudo. Caminhava pelos jardins sozinha, admirando flores, árvores e arbustos pelo caminho. Nunca era visitada, aliás, essa era a triste realidade da maior parte dos idosos daquele asilo...
Em uma visita escolar, um menino que não passava dos treze anos de idade, percebeu que aquela senhora não sentava perto dos outros, não fazia tricô junto, não almoçava junto, pouco falava. Seria timidez?
Quando questionada por que não andava com seus companheiros, ela o olhou com surpreendente ternura e carinho , tirou da manta que cobria suas pernas uma foto antiga de um homem, e disse: "Porque meu único companheiro, aquele que me compreendia e me protegia, não está mais comigo há treze anos."
Desse dia em diante, o garoto dispôs-se a visitá-la diariamente.
Ela era lúcida, incrivelmente forte e sua saúde superava a de qualquer um que ali habitava, porém, ela era afastada de todos. Ninguém a afastava de seus "ciclos sociais", ela mesma que se oprimia e isolava de todos os seus companheiros.
Não que ela fosse emburrada ou que não se "misturasse", ao contrário, era simpática e bondosa em todas as raras vezes que falava algo com alguém.
Nas atividades em grupo, dava uma desculpa para não as fazer. Vivia em seu quarto, às vezes olhando para fora da janela como se desejasse virar um pássaro e voar, voar para sua plena liberdade.
Não dava trabalho às enfermeiras e responsáveis pelo asilo, pelo contrário, todos gostavam dela apesar de tudo. Caminhava pelos jardins sozinha, admirando flores, árvores e arbustos pelo caminho. Nunca era visitada, aliás, essa era a triste realidade da maior parte dos idosos daquele asilo...
Em uma visita escolar, um menino que não passava dos treze anos de idade, percebeu que aquela senhora não sentava perto dos outros, não fazia tricô junto, não almoçava junto, pouco falava. Seria timidez?
Quando questionada por que não andava com seus companheiros, ela o olhou com surpreendente ternura e carinho , tirou da manta que cobria suas pernas uma foto antiga de um homem, e disse: "Porque meu único companheiro, aquele que me compreendia e me protegia, não está mais comigo há treze anos."
Desse dia em diante, o garoto dispôs-se a visitá-la diariamente.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Desencontros
Quando ela passava, seu pequeno coração acelerava em batimentos desnorteados.
Quando sentia seu cheiro, ele se via em utopias sobre ela e como tudo seria perfeito ao seu lado.
Sempre tomavam o mesmo ônibus e ele propositalmente, saltava no mesmo ponto para poder a seguir com um último olhar apaixonado antes de rumar à sua casa.
Já não aguentava mais! Precisava dizer que a amava e estava completamente louco por ela.
Eis que esse dia chegou, o dia em que ele tomou coragem pra dizer tudo que o aflingia, porém, ela não compareceu ao encontro diário. Será que ele fizera algo de errado? E isso aconteceu por dias. Sempre à mesma hora, o menino comparecia ao local de encontro, mas aparentemente, ninguém estava lá.
Eis que um dia ele desistiu de comparecer ao lugar. Nesse dia, fora encontrada uma rosa e um bilhete com os seguintes dizeres: "Hoje finalmente me declaro à você, depois de tanto tempo o espiando de longe enquanto você pegava seu ônibus e seguia seu caminho, hoje lhe escrevo para deixar claro que..."
Um pedaço do bilhete rasgado e nunca se soube quem fora, ou o que se estava escrito. Se o pobre menino tivesse olhado pra outros lados, talvez saberíamos o final do conto...
Quando sentia seu cheiro, ele se via em utopias sobre ela e como tudo seria perfeito ao seu lado.
Sempre tomavam o mesmo ônibus e ele propositalmente, saltava no mesmo ponto para poder a seguir com um último olhar apaixonado antes de rumar à sua casa.
Já não aguentava mais! Precisava dizer que a amava e estava completamente louco por ela.
Eis que esse dia chegou, o dia em que ele tomou coragem pra dizer tudo que o aflingia, porém, ela não compareceu ao encontro diário. Será que ele fizera algo de errado? E isso aconteceu por dias. Sempre à mesma hora, o menino comparecia ao local de encontro, mas aparentemente, ninguém estava lá.
Eis que um dia ele desistiu de comparecer ao lugar. Nesse dia, fora encontrada uma rosa e um bilhete com os seguintes dizeres: "Hoje finalmente me declaro à você, depois de tanto tempo o espiando de longe enquanto você pegava seu ônibus e seguia seu caminho, hoje lhe escrevo para deixar claro que..."
Um pedaço do bilhete rasgado e nunca se soube quem fora, ou o que se estava escrito. Se o pobre menino tivesse olhado pra outros lados, talvez saberíamos o final do conto...
Assinar:
Postagens (Atom)