Bêbado na festa, ele era um jovem que gostava de sair com os amigos, fazia naquela noite um tipo de "bota fora". Dançando ao som de música eletrônica e bebendo cada vez mais, ele começa a se sentir mal. Toda aquela bebida começa a se revirar em seu estômago, e ele não enxerga mais nada. Estava quase acontecendo, ele iria vomitar.
E foi o que aconteceu, no meio da festa. Mas essa nem foi a questão, acabou que ele atingiu a blusa de uma mulher que não conhecia. Ela xingou alguns palavrões, ficou um pouco revoltada, coisas que ele não conseguia entender muito bem. Saiu e foi ao banheiro se limpar. Ele, percebendo isso, por mais que estivesse um pouco tonto, foi atrás dela para saber se estava tudo bem. Chegando ao banheiro, ele fica um pouco mais lúcido, e pergunta se ela está bem. Após reclamar por ele entrar no banheiro feminino, ela responde que sim, e sai depois de limpar sua blusa. Quando ia sair, ele a pega pelo braço e pede sinceras desculpas pelo ocorrido. Ela o olha e diz que não tem problema. Enquanto se olhavam, ele a convida para dançar, ela refletindo um pouco, resolve aceitar.
Na pista de dança, tudo acontece muito rápido. Eles se beijam e resolvem sair de lá. Quando dão por si, já estão na casa da moça.
No dia seguinte ela acorda com uma rosa e um bilhete, onde dizia: "Estou indo de viagem para os Estados Unidos. Espero um dia poder te encontrar novamente."
Ela começa a chorar e se desesperar, pois percebe que o ama. Sim, era um pouco cedo para dizer isso, mas alguma coisa dizia que era ele que ela queria para sua vida. O que faria agora?
Passado alguns anos, ela se muda para São Paulo por motivos de trabalho. Chegou a viver alguns romances, mas nunca esqueceu o homem da balada. Mal sabia qual era seu nome. Carregava seu bilhete por todos os cantos, na esperança de um dia vê-lo novamente.
Eis que em uma festa, ela vê um homem estranhamente familiar, passando mal. Não podia ser ele, ele deveria estar no exterior, e seria coincidência demais se encontrarem em alguma festa enquanto o mesmo vomitava. Mas ela teve certeza que era ele quando ele a olhou, descobriria seu nome finalmente, poderia passar toda sua vida ao lado dele. Quando foi ao seu encontro, ele começou a passar cada vez mais mal, começou a ter convulções e ela horrorizada, o viu morrendo devagar diante de seus olhos...
Ao abri-los e olhar para o lado, vê o mesmo bilhete e rosa de seu sonho, se arruma, e vai ao encontro daquele que iria ser seu para toda a vida. Seu nome? Não importava mais...
domingo, 19 de setembro de 2010
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Fora do padrão
- Oh Gabriela, como eu te amo!
- Eu também te amo, Troy!
- Gabriela, eu tenho que te confessar uma coisa.
- Diga, amor.
- É um grande segredo... Você tem que prometer que vai continuar me amando mesmo assim.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que não irá se assustar.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que...
- Eu prometo, amor! - Retrucou com impaciência
- Então, lá vai... - E ele se levanta e se dirige ao sol, onde sua pele branca começa a brilhar feito purpurina. - Eu sou um... Vampiro!
Ela fica escandalizada, e começa a gritar e a girar no mesmo lugar, como um cachorro tentando abocanhar seu próprio rabo.
- Amor, eu disse pra você não se assustar! - Diz segurando-a.
Ela se acalma e o olha por um instante, então diz:
- Como eu poderia me assustar com você?
- É, eu continuo sendo o mesmo e...
- Olha só pra você! Você brilha no sol, cara! Que tipo de vampiro brilha no sol? Faça me um favor, né... Até que iria ser divertido namorar um vampiro bombadão, sanguinário e sedento matador de criancinhas, não quero namorar um fracote pálido que brilha no sol e passa maquiagem! Onde esse mundo vai parar, meu Deus? Daqui a pouco um louco qualquer vai escrever romances de vampiros vegetarianos com humanos sem expressão facial. Eu vou embora.
E é assim que acabam os grandes relacionamentos. Se fosse em um filme, ela sairia cantando algo tipo "Tenho que seguir meu caminho...", enquanto ele faria uma sofrível segunda voz com algo do tipo "Por que você tem que ir...?"
- Eu também te amo, Troy!
- Gabriela, eu tenho que te confessar uma coisa.
- Diga, amor.
- É um grande segredo... Você tem que prometer que vai continuar me amando mesmo assim.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que não irá se assustar.
- Eu prometo amor.
- E tem que prometer também que...
- Eu prometo, amor! - Retrucou com impaciência
- Então, lá vai... - E ele se levanta e se dirige ao sol, onde sua pele branca começa a brilhar feito purpurina. - Eu sou um... Vampiro!
Ela fica escandalizada, e começa a gritar e a girar no mesmo lugar, como um cachorro tentando abocanhar seu próprio rabo.
- Amor, eu disse pra você não se assustar! - Diz segurando-a.
Ela se acalma e o olha por um instante, então diz:
- Como eu poderia me assustar com você?
- É, eu continuo sendo o mesmo e...
- Olha só pra você! Você brilha no sol, cara! Que tipo de vampiro brilha no sol? Faça me um favor, né... Até que iria ser divertido namorar um vampiro bombadão, sanguinário e sedento matador de criancinhas, não quero namorar um fracote pálido que brilha no sol e passa maquiagem! Onde esse mundo vai parar, meu Deus? Daqui a pouco um louco qualquer vai escrever romances de vampiros vegetarianos com humanos sem expressão facial. Eu vou embora.
E é assim que acabam os grandes relacionamentos. Se fosse em um filme, ela sairia cantando algo tipo "Tenho que seguir meu caminho...", enquanto ele faria uma sofrível segunda voz com algo do tipo "Por que você tem que ir...?"
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Personificação
Há em uma reserva ecológica, uma estranha variedade de animais, e uma curiosa convivência entre eles. Cada um tem uma própria "personalidade", por assim dizer. Tem uma misteriosa garça que não se sabe quando ela está mesmo sendo grossa, ou de brincadeira com seus amigos. E o intrigante, é que é isso que a torna interessante, esse mistério. É um animal bem simples para quem a conhece de verdade, bem divertida afinal.
Tem um boi no meio disso tudo, que era muito tímido e um pouco autista. com o tempo e convivência foi se soltando e se mostrando o animal engraçado e de bom coração que é.
Há uma destemida leoa. Preguiçosa que só ela, gosta muito de comer e dormir. Além disso, é engraçada e tem opinião bem forte. Difícil de guardar mágoas.
Um cachorro que costuma falar com todos na reserva. É bem ciumento, mas um bom amigo.
Se for falar em grosseria, me vem logo a galinha d'angola na cabeça. Ignorante que só ela. Mas até que esse humor melhorou bastante de uns tempos pra cá. Ah, não posso esquecer de dizer que ela adora quiabo.
Tem até gêmeas siamesas. Elas fazem tudo igual, estão sempre juntas e têm o mesmo jeitinho meigo e carinhoso de ser.
Tem uma arara bem espalhafatosa. Conversa com todo mundo, e é extremamente extrovertida. Faz sons altos e irritantes as vezes, mas é o melhor animal da reserva, a mais leal, fiél e esforçada de todos.
E o bisão? Era bem quietinho também, mas agora começou a se soltar. Está até respondendo aos animais mais velhos!
Tem um rinoceronte bem enfezado. Contestador, pra ele nada nunca está bom. Tem que ser sempre do contra em alguma coisa, mas tem um bom coração esse grandão. Formador de opinião e inteligente também.
E por falar em inteligência ou esforço, podemos citar o castor. Ele é prático e organizado, porém ignorante.
Por fim, temos a onça. As vezes tá com a cara emburrada e é bem sarcástica, mas é "gente" fina. De todos, é a que veio de mais longe.
Enfim, são com os animais que vemos a diversidade de... uma sala de aula, por exemplo. Não tenho nenhuma história sobre eles pra poder contar aqui... Ou melhor, até tenho. Tenho várias para falar a verdade, tantas que encheria o blog e daí, ninguém mais iria querer lê-lo.
Tem um boi no meio disso tudo, que era muito tímido e um pouco autista. com o tempo e convivência foi se soltando e se mostrando o animal engraçado e de bom coração que é.
Há uma destemida leoa. Preguiçosa que só ela, gosta muito de comer e dormir. Além disso, é engraçada e tem opinião bem forte. Difícil de guardar mágoas.
Um cachorro que costuma falar com todos na reserva. É bem ciumento, mas um bom amigo.
Se for falar em grosseria, me vem logo a galinha d'angola na cabeça. Ignorante que só ela. Mas até que esse humor melhorou bastante de uns tempos pra cá. Ah, não posso esquecer de dizer que ela adora quiabo.
Tem até gêmeas siamesas. Elas fazem tudo igual, estão sempre juntas e têm o mesmo jeitinho meigo e carinhoso de ser.
Tem uma arara bem espalhafatosa. Conversa com todo mundo, e é extremamente extrovertida. Faz sons altos e irritantes as vezes, mas é o melhor animal da reserva, a mais leal, fiél e esforçada de todos.
E o bisão? Era bem quietinho também, mas agora começou a se soltar. Está até respondendo aos animais mais velhos!
Tem um rinoceronte bem enfezado. Contestador, pra ele nada nunca está bom. Tem que ser sempre do contra em alguma coisa, mas tem um bom coração esse grandão. Formador de opinião e inteligente também.
E por falar em inteligência ou esforço, podemos citar o castor. Ele é prático e organizado, porém ignorante.
Por fim, temos a onça. As vezes tá com a cara emburrada e é bem sarcástica, mas é "gente" fina. De todos, é a que veio de mais longe.
Enfim, são com os animais que vemos a diversidade de... uma sala de aula, por exemplo. Não tenho nenhuma história sobre eles pra poder contar aqui... Ou melhor, até tenho. Tenho várias para falar a verdade, tantas que encheria o blog e daí, ninguém mais iria querer lê-lo.
domingo, 5 de setembro de 2010
Teoricamente amor, não necessariamente prazer
Um casal de escritores tinha o projeto de um livro que provava que o amor poderia viver sem o sexo. E nada melhor do que experimentar para poder comprovar sua tese. Então, resolveram ficar seis meses sem sexo.
Os três primeiros meses foi fácil, eles levavam uma vida normal, tinham seus trabalhos além do de ser escritores, cuidavam da casa e de si mesmos.
Depois dos três meses, a situação começou a ficar difícil para ambos. Eles se evitavam na casa, e evitavam se tocar durante a noite. Passaram a dormir em quartos separados, soavam frio. Mas se amavam.
No quinto mês estava tudo insuportável. Eles mal se falavam, não pensavam em outra coisa a não ser em sexo, queriam que esses seis meses mais longos de suas vidas passassem rápido...
Faltando duas semanas para acabar o prazo, o homem teve que viajar a negócio. Arrumou suas malas e foi para outra cidade, iria ficar por lá alguns dias.
Voltando para o hotel que estava hospedado, de carro, ele olha mais a frente e se depara com uma prostituta. "Eu não vou fazer isso!", pensa consigo, "Faltam menos de duas semanas!" e o carro se aproxima cada vez mais da mulher, e ele instintivamente vai desacelerando o carro, até que... "Quanto é a hora?"
Arrasado pelo que fez, volta para casa mais cedo sem avisar à mulher. Quando abre a porta de casa e entra em seu quarto, dá de cara com ela na cama com outro homem!
Porém, eles não se separaram ou brigaram, ou algo do gênero. Não por ser um casal liberal, mas pelos dois terem errado. Resolvem então, escrever o livro: "Da teoria à não-prática."
Ao menos provaram para si mesmos que, o amor vive incondicionalmente independente das circustâncias... O que, convenhamos, é bem mais fácil na teoria.
Os três primeiros meses foi fácil, eles levavam uma vida normal, tinham seus trabalhos além do de ser escritores, cuidavam da casa e de si mesmos.
Depois dos três meses, a situação começou a ficar difícil para ambos. Eles se evitavam na casa, e evitavam se tocar durante a noite. Passaram a dormir em quartos separados, soavam frio. Mas se amavam.
No quinto mês estava tudo insuportável. Eles mal se falavam, não pensavam em outra coisa a não ser em sexo, queriam que esses seis meses mais longos de suas vidas passassem rápido...
Faltando duas semanas para acabar o prazo, o homem teve que viajar a negócio. Arrumou suas malas e foi para outra cidade, iria ficar por lá alguns dias.
Voltando para o hotel que estava hospedado, de carro, ele olha mais a frente e se depara com uma prostituta. "Eu não vou fazer isso!", pensa consigo, "Faltam menos de duas semanas!" e o carro se aproxima cada vez mais da mulher, e ele instintivamente vai desacelerando o carro, até que... "Quanto é a hora?"
Arrasado pelo que fez, volta para casa mais cedo sem avisar à mulher. Quando abre a porta de casa e entra em seu quarto, dá de cara com ela na cama com outro homem!
Porém, eles não se separaram ou brigaram, ou algo do gênero. Não por ser um casal liberal, mas pelos dois terem errado. Resolvem então, escrever o livro: "Da teoria à não-prática."
Ao menos provaram para si mesmos que, o amor vive incondicionalmente independente das circustâncias... O que, convenhamos, é bem mais fácil na teoria.
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