Existia uma gangue que capturava crianças para exportar ilegalmente seus órgãos para a Europa. O esquema deles era, raptar uma criança por mês em locais diferentes, levá-las a um cativeiro e desumanamente retirar o que era pedido na "encomenda". Depois, enterravam a criança e saiam de lá. Quando o corpo era encontrado, eles já estavam longe, logo, ninguém nunca descobria os autores de tal crueldade. Eles eram meticulosos naquilo em que faziam, não deixavam rastros ou pistas e ganhavam um bom dinheiro executando esse tipo de crime.
Essa gangue era composta por quatro homens. Eles se revezavam ou formavam duplas e montavam planos para as capturas. Mas havia um que não gostava de estar presente no ato do crime.
Um dia, em um parque, esse homem e mais um espreitaram uma mulher com seu bebê no carrinho. O parque estava deserto. Esperaram ela dar um descuido, uma bobeira, e pegaram a criança rapidamente levando-a até o esconderijo. Era um menino que não passava de dois anos.
Chegando ao cativeiro, o chefe da gangue, por assim dizer, ordenou para o tal homem que nunca havia presenciado o crime, executar o mesmo. Eles saíram do local para dar mais privacidade ao bandido, e quando ele resolveu pegar a faca e o bisturi para começar a operação, a criança o olhou. Porém, não foi um olhar lacrimejante, nem um olhar medroso. Foi um olhar terno. Um olhar que cativaria até mesmo o pior dos monstros que se escondem debaixo da cama, um olhar que faria até mesmo o próprio diabo se esconder de vergonha. Como alguém poderia fazer um mal tão grande a um ser tão inocente?
Decidiu-se, então. Sacou sua arma, saiu do quarto de onde estava e atirou em seus companheiros. Um a um, eles foram caindo com expressões de choque. Sem mais palavras, escreveu algo em um pedaço de folha,correu para dentro do quarto, pegou a criança e saiu em disparada até a estrada. Deixou a criança lá, andou mais alguns passos e atirou em si próprio.
Alguns minutos depois encontraram o menino. No bilhete, dizia: "Leva-o com segurança ao juizado de menores para que sua mãe possa encontrá-lo. Depois do que eu quase fiz, tive certeza que esse mundo não era o meu lugar..."
Nuss, seus contos estão bem macabros mesmo. rs
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